Recentemente, viralizou no Twitter a postagem de um usuário relatando todos os problemas com os quais ele precisou lidar após ter seu celular furtado enquanto usava o aparelho. 

Por estar em uso, o telefone estava com a tela desbloqueada, o que facilitou a ação dos bandidos e possibilitou que muitas transações bancárias fossem realizadas num curto período de tempo. 

O desabafo da vítima deixou muita gente assustada e extremamente preocupada com a fragilidade dos nossos dados, principalmente dos mais sensíveis, como aplicativos bancários e números de cartão de crédito, por exemplo. 

Pessoal: nunca fiz algo assim, mas é o papo mais sério e importante que já postei aqui. Então quem puder dar uma atenção, agradeço de verdade.

Passei 3 semanas em Barcelona, a melhor viagem que já fiz.

Antes de eu chegar em casa, minha vida virou um pesadelo sem precedentes.

— VanDep (@MrVanDep) May 5, 2022

Isso porque sempre existiu a ideia de que bastava colocar uma senha de acesso no aparelho - fosse ela numérica, de reconhecimento facial ou de impressão digital - para que tudo estivesse protegido. No entanto, saber de um caso de furto de aparelho com a tela desbloqueada levou toda a comunidade a discutir novas formas de se proteger desse tipo de ataque e, principalmente, proteger informações sigilosas que, até então, pareciam estar seguras para a maioria das pessoas. 

Uma das alternativas apontadas por muitos usuários na internet é ter um aparelho extra apenas para as transações bancárias. Esse aparelho seria, então, deixado em casa para evitar o risco de furto ou roubo, garantindo um pouco mais de segurança no dia a dia. O interesse das pessoas nessa estratégia é tão grande que, segundo reportagem do site TechTudo, "a gigante chinesa Xiaomi notou um aumento no número de clientes que procuram as lojas da marca em busca do “celular do Pix”. São pessoas assustadas com a nova onda de furtos de smartphones e que desejam um dispositivo secundário para ter em casa. Seria uma maneira de preservar o acesso a aplicativos que mexem com dinheiro". 

Outra opção, um pouco mais simples e barata, é apostar nos aplicativos que colocam senhas em apps de celular. Assim, mesmo que o telefone esteja com a tela desbloqueada, alguns apps só poderão ser usados mediante a colocação de uma outra senha exclusiva, definida pelo dono do smartphone. Ou seja, você adiciona uma camada extra de segurança, protegendo seus aplicativos mais importantes e também suas fotos, vídeos, arquivos e muito mais. 

Algumas opções de aplicativos que permitem fazer isso em aparelhos Android são: 

Bloqueio AppLock

Além de proteger com uma senha especial qualquer aplicativo instalado, também possui uma ferramenta de identificação de invasores, ao tirar selfies de quem tenta acessar apps protegidos e erra a senha. Outro benefício é que o app pode ficar completamente oculto no seu aparelho, pois utiliza um ícone aleatório e, com isso, passa completamente despercebido pelos invasores.

LockIt

Outra opção gratuita e muito eficaz é o LockIt. Assim como o AppLock, ele oferece a opção de proteger os apps com uma senha, tira selfies de quem tentar acessar indevidamente o aparelho e ainda permite que você oculte fotos e vídeos em cofres protegidos. Também fica discreto na sua lista de apps e pode ser ocultado atrás de um ícone falso.

Lembrando que a decisão de optar por um outro aparelho e de adicionar ou não uma senha extra ao seu telefone é muito pessoal e sempre vai gerar muitas dúvidas e questionamentos. Afinal, você quer seus dados protegidos, mas ao mesmo tempo não quer abrir mão do acesso fácil aos seus aplicativos. Por isso, antes de optar por qualquer uma das opções, é importante analisar o que é realmente importante para você. 

Além disso, lembre-se de nunca deixar senhas de banco e números de cartão anotados no telefone e, sempre que possível, mude os seus códigos de acesso.